24/03/2014

Missão: Valorizar a Vida

   Valorizar a Vida, contribuindo para que as pessoas tenham uma vida mais plena e, consequentemente, prevenindo o suicídio, é a missão do CVV, que a 52 anos, oferece apoio emocional gratuito no Brasil, cabe aqui discorrer um pouco sobre como se dá esta missão no dia a dia de um Posto de Atendimento.

   Durante 7 dias por semana, 24 horas por dia, os 40 voluntários do CVV Vila Carrão, único posto na zona leste da cidade de São Paulo, se revezam em um plantão semanal para doar um pouco de seu tempo e do seu melhor como ser humano, disponíveis para escutar empaticamente a pessoa que procura o CVV, trata-se de uma conversa em que se pode falar sem restrições de seus sentimentos mais profundos, pois o sigilo é garantido.

  Sabemos que quando alguém nos compreende verdadeiramente, sem julgamentos ou opiniões, podemos nos sentir valorizados e respeitados como ser humano. Além de, através da reflexão ao ouvirmos a nós mesmos, nos sentirmos aliviados por darmos vazão à pressão que angustia, e quem sabe encontrar novos caminhos e possibilidades que até então não estavam acessíveis devido ao sofrimento vivido.

   Este ambiente de escuta que propicia acolhimento e o respeito ao ser humano provocam sensações de bem estar àquele que, por um momento, precisa desabafar com alguém.

16/03/2014

A Escuta Empática


A empatia é uma característica importante e de constante desenvolvimento quando se pratica o voluntariado no CVV, proporciona um conhecimento abrangente das diversas maneiras de ser e sentir do ser humano, e consequentemente auxilia no autodesenvolvimento, pois ao conhecer outro ser humano em sua essência, adquirimos ferramentas para conhecer a nós mesmos. Abaixo um artigo sobre o tema publicado no Boletim do CVV em fevereiro de 2013.

 

 A Escuta Empática

 

Para Carl Ransom Rogers a compreensão empática é uma das atitudes mais importantes na relação de ajuda porque implica em ouvir o cliente.

Ouvir é uma maneira impor­tante de ajudar e essa escuta deve ser empática.

A maneira de ser do voluntá­rio, em relação à outra pessoa, denominada empática tem va­rias facetas. Significa penetrar no mundo perceptual do outro e se sentir totalmente à vontade dentro dele. Requer sensibilidade constante para com as mudanças que se verificam nesta pessoa em relação aos significados que ela percebe quanto ao medo, à raiva, à ternura, à confusão ou ao que quer que ela esteja vivenciando. Significa viver temporariamente sua vida, mover-se delicadamen­te dentro dela sem julgar, perce­ber os significados que ela quase não percebe, tudo isso sem ten­tar revelar sentimentos os quais a pessoa não tem consciência, pois isso poderia ser muito ame­açador. Implica em transmitir a maneira como o plantonista sen­te o mundo dela à medida que examina sem viés e sem medo os aspectos que a pessoa teme. Significa, frequentemente, avaliar com ela a precisão do que sente e se guiar pelas respostas obti­das. Assim o voluntário passa a ser um companheiro confidente dessa pessoa participando do seu mundo interior.

Quando há esse tipo de am­biente, a tendência construtiva do cliente é liberada e ele cresce na direção de se tornar a pessoa que realmente existe por trás das máscaras.

Não se pode afirmar que o CVV adotou inteiramente o mo­delo de relação de ajuda dessa corrente da psicologia, entretan­to, é possível dizer que os volun­tários se “apropriaram” de alguns conceitos de Rogers referentes às condições que proporcionem uma relação de ajuda eficaz, por terem sido relevantes para o tipo de trabalho que faziam. Por isso, o Boletim do CVV no artigo Um Jeito de Ser, de fevereiro de 1987, comenta: “Somos rogerianos, sem duvida, no sentido da orien­tação para a nossa postura diante do atendido.

Evidentemente, o voluntário não é técnico-terapeuta, embora a sua conversa possa ter efeitos terapêuticos, baseados nos pro­cessos simples e encontradiços da solidariedade humana. Creio que seria imperdoável se o plan­tonista não assumisse esta posi­ção”.

Resenha da dissertação de mestrado

André Barreto Prudente - FFCLRP-USP

Fonte: Boletim do CVV, Fev. 2013, Ano 47, nº 454, pág. 7

08/03/2014

CVV oferece Apoio Emocional e Palestra no Dia Internacional da Mulher


Neste dia Internacional da Mulher o CVV Ações Comunitárias da regional São Paulo, juntamente com o CVV Abolição desenvolve duas atividades em prol das mulheres da nossa cidade. No período da manhã voluntários do CVV Abolição se disponibilizarão para uma conversa acolhedora com um grupo de mulheres atendidas no Hospital Pérola Byington – Centro de Referência da Saúde da Mulher localizado na região central; e no período da tarde haverá palestra para mulheres no bairro de Guaianazes, zona leste da cidade, com o tema Valorização da Vida e Saber Ouvir, que será realizada pela equipe de palestras da regional São Paulo, cujos preparativos foram feitos nesta manhã no CVV Vila Carrão.

Na prática, além do serviço voluntariado de apoio emocional oferecido 24 horas por dia, todos os dias por semana, por telefone, chat, Voip e e-mail, o CVV através das Ações Comunitárias, de forma proativa procura levar a visão de valorizar a vida, contribuindo para que as pessoas tenham uma vida mais plena, além de proporcionar um espaço para o desenvolvimento da compreensão, solidariedade e autoconhecimento.

O campo do voluntariado no CVV é amplo, tanto para atendimento por telefone através de um plantão semanal, quanto para atividades na comunidade como as palestras. Se você se identificou com nossa proposta e se interessa em fazer parte das nossas atividades, ou conhece um local em que o CVV pode oferecer uma palestra, entre em contato através do e-mail: cvvsp@cvv.org.br.

Valorizar a Vida é isto o que o CVV faz.

07/03/2014

Suicídio - CVV Centro Valorização a Vida



O suicídio é considerado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública, tirando a vida de uma pessoa por hora no Brasil, mesmo período no qual outras três tentaram se matar sem sucesso.

Trata-se de um problema que se pode prevenir na grande maioria das vezes e esse é um dos maiores esforços do CVV. O estudo e a discussão do tema suicídio é uma das formas mais eficientes de se promover a prevenção, pois esta só é possível quando a população, os profissionais da saúde, os jornalistas e governantes têm informações suficientes para conduzir as medidas adequadas e ao seu alcance nessa frente.

O CVV assumiu como tarefa, desde a sua criação, estimular essa discussão, ação esta que passou a merecer mais empenho nesses últimos anos.

Reunimos aqui textos, estudos e discussões a respeito do tema. Queremos a sua colaboração, seja você um pesquisador, profissional da saúde, educador, pessoa impactada diretamente pelo problema ou, simplesmente, um interessado pela vida humana.

Falando Abertamente sobre Suicídio (folheto voltado para jovens e adolescentes elaborado pelo CVV)

Comportamento suicida: conhecer para prevenir (cartilha para profissionais da imprensa elaborada pela ABP - Associação Brasileira de Psiquiatria)

Prevenção do Suicídio: Manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental (elaborada pelo Mistério da Saúde e OPAS - Organização Pan-Americana da Saúde)

Fonte: http://www.cvv.org.br/site/suicidio.html