"A tempestade desabou violenta e uma pombinha muito aflita, buscou abrigo na minha janela. Quando a vi, com as asas encharcadas e sem poder voar, pensei imediatamente em recolhê-la, abrigá-la em meu colo, secar suas asas com um secador de cabelos, alimentá-la, enfim, salvar sua vida.
Mas aí, eu pensei... se abrir a janela ela pode se assustar, e como não pode voar, pode cair. São oito andares. Fiquei no meu lugar olhando para ela e ela olhando para mim, até que se acalmou e ficou se equilibrando.
Nas horas que se seguiram, procurei não incomodá-la, mas demonstrei que estava ali e ela não estava sozinha. A tempestade passou, mas já era noite e ela não podeia voar.
Finalmente, raiou o dia, o sol se tornou brilhante e o céu novamente azul. Suas asas secaram e ela voou.
Não precisava ser salva. Não estava na dependência de ninguém, fortalecera-se, podia voar sozinha.
Outras tempestades virão, mas ela saberá superá-las, pois adquiriu suas próprias referências."
Quantas vezes queremos resolver os problemas das pessoas e as privamos de terem suas próprias experiências, de viverem suas próprias "tempestades"? O companheirismo, a confiança e a força que demonstramos com nossas atitudes e palavras muitas e muitas vezes é o bálsamo necessário para que a pessoa se fortifique, se supere e volte a brilhar em sua própria vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário